Trilha T12 – Pouso – Farol dos Castelhanos
Distância: 12.000 metros (ida e volta)
Nível: Subidas e descidas
Preparo físico: Pesado
Duração: 6 horas (ida e volta)
Orientação: Difícil
Atrações: Praias, piscinas naturais, animais silvestres, mirantes, ruínas, vestígios de amoladores polidores fixos, farol.
Animais silvestres, piscinas naturais, praias e um belo farol são alguns dos encantos e prazeres que ficarão para sempre em suas lembranças.
Apesar de a trilha ser mais ou menos tranquila, sem subidas extenuantes, ela apresenta diversas bifurcações que podem fazer você se desorientar. O trecho mais complicado é a partir da Praia dos Castelhanos, quando a trilha se torna mais fechada.
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Nem todos conseguem chegar ao farol e nem todos conseguem visitar suas dependências se não tiver uma autorização do Distrito Naval.
Quem pretende conhecer o farol, não poderá curtir na ida as praias e as piscinas naturais do caminho. Seu único objetivo tem que ser o farol. Na volta, se sobrar tempo, você curte a Praia dos Castelhanos e ainda a estonteante piscina natural do Jurubá.
Não siga da Praia dos Castelhanos para o farol se já passa das 13 horas. Não sobrará tempo para pegar o último barco do Pouso para o Abrão. Só com um guia você conseguirá chegar ao farol e voltar a tempo de pegar o último barco.
Alerta:
Prepare com antecedência o lanche para a caminhada, pois no caminho não haverá nenhum bar. Comece a caminhada com o cantil abastecido e não deixe de levar purificador de água, repelente contra insetos e principalmente relógio e lanterna.
Percurso: Pouso à Praia dos Castelhanos (4 horas – ida e volta)
Saindo da Praia do Pouso, siga pela areia até encontrar a placa informativa T12 (Pouso – Farol dos Castelhanos). Logo você chega à pequenina praia de Itaoca.
Praia de Itaoca
Toda cercada de pedras e com vestígios dos índios em algumas delas (amoladores polidores fixos). Olhando à direita, você verá as ruínas de uma antiga casa de fazenda.
Siga a trilha acompanhando o mar, que na maré baixa deixa aparecer pequenina praia entre as pedras. Mais à frente surgem vários blocos de pedra rente ao mar, junto a um bambuzal.
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Neste ponto, a trilha irá dar as costas para o mar e começará a subir pequeno trecho. No final da descida, à esquerda, um cano jorra água potável. Aproveite para abastecer o cantil. Daqui para frente, você só encontrará outra fonte a mais ou menos uma hora de caminhada – se a fonte não estiver seca. Neste caso, você só terá água potável na Praia dos Castelhanos.
A trilha fica plana e mais alguns metros você chega num largo, onde há uma escola abandonada à direita. Logo após a escola, siga a trilha à direita passando sobre um tablado até chegar numa estrada de terra – Caminho da Aroeira.
Atravesse a estrada e siga a trilha em frente, onde há placa de sinalização T12. A trilha começa subindo suavemente por entre a mata e com vistas espetaculares da Enseada das Palmas por entre os galhos.
Ao passar numa ponte de madeira rente ao chão, com vestígio de entroncamento à esquerda (vindo da Praia da Aroeira) e um bambual (bambuzal) à direita, surge bifurcação subindo à direita junto ao bambual. A trilha que segue em frente vai dar na Praia dos Arrecifes.
Siga a trilha à direita, ao lado do bambual, subindo suavemente. Logo ela irá descer e atravessará pequeno vale. A trilha torna-se mais fechada e começará a subir em ziguezague. Assim que ela ficar plana, você verá trechos da Praia de Lopes Mendes (à direita).
Ao chegar ao topo, a trilha torna-se um pouco complicada, com pedras no piso, árvores tombadas e uma infinidade de bambus entrelaçados. Após os bambus, você começará a descer por vale com várias jaqueiras espalhadas entre a mata. Mantenha-se à direita do vale, passando por riacho.
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Num determinado momento, a trilha sai da mata e cruza trecho de mato, dando para se ver a Ilha de Palmas. Mais à frente, com a trilha descendo, numa curva fechada à direita surge bifurcação à esquerda. Essa trilha que segue mato adentro vai dar na Praia do Jurubá.
Alerta:
Caso você vá à Praia do Jurubá, todo cuidado será pouco nesta trilha precária, com vegetação espinhosa (unha de gato) e muito suscetível à presença de animais peçonhentos.A maneira segura para se alcançar essa praia é contratando um guia de caminhada que conheça o caminho.
Praia do Jurubá
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Na verdade, é uma piscina natural, quase não tem areia. Do outro lado da piscina, uma trilha dá acesso aos escombros de uma antiga casa. Veja mais aqui.
De volta à bifurcação, observe com atenção este ponto para não errar o caminho na volta do Farol.
A trilha para a Praia dos Castelhanos segue descendo e às vezes ficando plana. Exemplares de bananeiras, jaqueiras, mangueiras e coqueiros ainda podem ser vistos por entre a mata.
Ao descer mais inclinada, entre várias touceiras de bambu, você chega numa clareira onde há um reservatório de água à direita, coberto por tela de nylon. Num dos canos que saem do reservatório há uma torneira. Convém tratar a água com um purificador antes de matar a sede. No entanto, você não está longe de conseguir água mais segura.
Alerta:
Neste ponto, surge trilha subindo à direita, mais fechada que a que segue em frente. Siga à direita, subindo. No momento em que a trilha sair da mata e passar ao lado de casas à direita, dando para se ver o mar em baixo, ela fará curva à direita, descendo em direção à praia. Antes de seguir descendo, olhando à esquerda, você verá um banco à beira de um barranco coberto de mata. Siga na direção dele para ver belíssimo visual da praia.
De volta à trilha principal, você irá descer escadaria de cimento. Há várias bifurcações neste trecho que dão acesso às casas dos moradores. Mantenha-se sempre descendo. Já próximo à praia, surge bifurcação descendo à esquerda. Neste ponto há placa de sinalização T12 (ou vestígio). A trilha que desce à esquerda, passando ao lado de casas dá acesso à praia; a que segue em frente vai para o Farol. Se este for o seu destino, deixe para conhecer a praia na volta. Caso contrário, uma deliciosa praia te espera.
Praia dos Castelhanos
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É uma praia pequena, com aproximadamente quarenta metros de extensão e uma população que não ultrapassa a 10 habitantes.
Suas águas costumam ser calmas e transparentes e no meio da pequena faixa de areia há um cano por onde escorre água que vem de uma nascente mais acima. Use desta água apenas para se refrescar. Para abastecer o cantil, procure por algum morador.
Confira a hora. Se já passa das 12 horas, não há mais tempo seguro para ir ao Farol e voltar com a luz do dia. Desta praia ao Farol você levará em média duas horas de caminhada (ida e volta) e mais duas para chegar ao Pouso. Somando-se o tempo das paradas, pode chegar a cinco horas ou mais. Ou seja: no limite de ainda enxergar o caminho e de perder o último barco para o Abraão.
Caso você não tenha a autorização para visitar o farol, dificilmente o faroleiro irá deixar você conhecer as suas dependências e você terá que se contentar em vê-lo de longe, embora o visual seja magnífico.
Percurso: Praia dos Castelhanos à Farol (1 hora e 30 minutos em média)
Se você desceu até a praia, siga à direita e suba a escada improvisada sobre as pedras e dobre na trilha que irá surgir à direita, subindo, até chegar à trilha T12, onde há placa de sinalização e siga à esquerda.
Se você não foi à praia, siga em frente. Logo após riacho (ou vestígio) você chega numa bifurcação onde há Placa T12. A trilha que desce à esquerda vai dar na praia. Siga em frente, subindo.
A mata torna-se mais fechada e no decorrer da subida, você poderá ver bifurcações que sobem à direita. Siga sempre à esquerda.
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Com aproximadamente 1 hora de caminhada, você chega a um portão onde uma placa avisa que você está numa Área Militar e que é proibida a entrada. Do portão você avista um heliponto, de cima do qual se tem ampla vista de toda a Restinga da Marambaia.
Olhando para baixo, você verá o farol e provavelmente o faroleiro já estará de olho em você, pois os cães de guarda logo percebem tua presença e dão sinal. Não se aproxime em demasia da casa sem antes chamar pelos que nela habitam. Os militares costumam ser cordiais, mas não se esqueça de que você está numa Área Militar.
Se você tiver a autorização para visitar o farol, o faroleiro irá te levar até o topo da torre e te explicará o mecanismo do farol. Se não, você terá de se contentar com o estonteante visual do entorno. E é só!
Farol dos Castelhanos
Sua construção data do ano 1900, mas só em 1923 passou a funcionar com um sistema de iluminação importado da França o qual utilizava o acetileno como combustível. Mais tarde passou a ser o gás butano e hoje por lâmpada incandescente. Saiba mais aqui.
Dicas do ilhagrande.com.br:
- Esteja você numa pousada, num camping ou em casa de amigos, sempre que sair para um passeio deixe recado informando o seu destino;
- O uso de um cantil é imprescindível em qualquer caminhada. Lanterna também é importante;
- Lembre em colocar sua vida e bem estar em primeiro lugar, faça uma caminhada com segurança acompanhado de um guia;
- ATENÇÃO. As placas oficiais e sinalização das trilhas estão em péssimo estado e conservação, muitas delas não existem mais. Fato constatado em 2023.
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Confira as fotos da Trilha T12 |
Colaboração com fotos: Guia Ecológico João Pontes
Colaboração com conteúdo: Guia Bernardo José
